APRESENTAÇÃO DE 5/2/2019

No passado dia 5 de Fevereiro, como havia sido anunciado, apresentámos publicamente o livro resultante de uma seleção de textos do nosso blogue “Velhos São Os Trapos” a que demos o título ESCRITO NAS ESTRELAS E O VENTO QUE PASSA.  O evento teve lugar num espaço muito simpático e agradável, Espaço Atmosfera M, integrado na Associação Mutualista Montepio, em Lisboa. Ficámos muito gratificados pelo facto de terem comparecido muitos amigos, velhos e novos, que esgotaram o auditório e apreciaram, segundo parece, o desenrolar do evento.  Foi para os autores, como se compreende, um dia inesquecível e uma reconfortante vitória para os objectivos que tinham em mente.

Limitar-me-ei, por hoje a transcrever a nota de agradecimentos , lida no final do evento, a todos os que nos ajudaram a levar a bom porto esta delicada iniciativa.

Aqui vai o texto dos nossos agradecimentos:

 

Como não pode deixar de ser, temos hoje que agradecer a muitas pessoas e entidades, a amabilidade de atenderem ao pedido de um peculiar grupo de autores para a organização deste arriscadíssimo evento. Trata-se, como talvez já tenham notado, de um livro a que chamámos “não livro”, que reúne textos selecionados de um blogue em que os quatro autores se incluem.

São textos aleatórios, sem ligação entre eles, mas abordando temas mais  sérios ou picarescos, conforme os factos com que se relacionam ou com a disposição, nessa oportunidade, do próprio autor. Tem sido uma ocupação entusiasmante e divertida.  Por isso começámos a ter pena  de não voltar a ler coisas de que, na altura, tanto havíamos gostado.  Completámos 256 conteúdos, tivemos 12092 visualizações a partir de 3846 visitantes do blogue.  O mundo da digitalização encarrega-se de evaporar tudo isso, como tem acontecido em muitos  outros casos.  Só havia uma forma de as preservar: passá-las a livro.  E ele aqui está para que cada um faça dele o que quiser. Até pode servir de sedativo para os que tenham mais dificuldade em adormecer…

Para que isto acontecesse foram precisas valiosas ajudas (de muitos familiares e amigos) e daí a razão dos nossos agradecimentos. Aos familiares já todos agradecemos, como compreenderão. Vamos aos outros.

Primeiro, o Editor, o mentor da Colibri, um culto,  sábio e fiel amigo (um amante das artes, ele próprio) que transformou uma primeira e simples ideia de compor um livrinho para oferecer a amigos, num lançamento com esta dimensão em que, afinal, os nossos amigos até correm o risco de se aventurar na compra do tal livrinho. Excelente e meritória ação! Bem haja Dr. Fernando Mão de Ferro.

A seguir temos que enaltecer a gentileza e disponibilidade dos responsáveis pelo Espaço atmosfera M, da Associação Mutualista Montepio, para que o evento aqui se acolhesse, num ambiente tão moderno e simpático que é, sem dúvida, uma agradibilíssima surpresa para muitos dos que aqui vieram e que ficaram a conhecer a cortesia e o agradável perfume de todo este envolvimento. Bem hajam Drs. Patrícia Nunes, Fernanda Freitas e Joana Lamas.

Não podemos ser poupados  nos agradecimentos ao jovem e corajoso Ricardo Eduardo, distinto estudante universitário e notável praticante de badminton, que tão bem soube fazer a ligação entre as mensagens dos “Velhos são os Trapos” e a juventude inteligente e paciente, irreverente, mas culta e deliciosa, à qual ele pertence, que aqui se deslocou para avaliar o interesse do que foi escrito e apreciar os comentários tecidos. Sem dúvida que somos nós, os da terceira idade, que hoje estamos aqui a ser examinados por esta gente nova.  Com as digitalizações que por aqui andam já todos devemos ter recebido nota. Esperemos que dê para ir à oral…

Ao Pedro Lima, a nossa vénia pela forma gentil, distinta e artística com que se envolveu na apresentação dos modestíssimos versos que se incluem neste livro. Versos que passaram a ser poemas  a partir do momento em que ele, aqui, os declamou.  Além do seu passado de atleta olímpico tem sabido contribuir para a divulgação qualificada da arte de bem representar em Portugal. Como hoje ficou provado e que tão bem nos soube transmitir.  Bem haja.

Deixei, propositadamente, para o fim, os agradecimentos ao Nicolau Santos. Economista, jornalista, analista, escritor, poeta e, além disso, figura incontornável da nossa sociedade cultural, ele dipôs-se, com a sua amizade, bonomia e enorme tolerância, a patrocinar este livro, com encómios e referências que ultrapassam, em muito, o que os próprios autores esperavam desta sua aventura.  Todos conhecemos o Nicolau Santos, por todas as razões, pelas melhores e isentas razões,  e o facto de nos ter hoje acompanhado é, para nós, o prémio maior para o nosso trabalho.  Com as suas palavras sentimo-nos como que vencedores de um prémio Nobel da literatura. Bem haja.

Dirijo-me agora ao grande número de amigos que se dispuseram a comparecer neste agradável auditório.  Vieram apoiar-nos com a sua amizade, deixando a mensagem subliminar para continuarmos a escrever os nossos textos. Sim, fá-lo-emos enquanto as mãos não doerem e as cabeças nos ajudarem a reunir ideias.

Mas de todos os amigos aqui presentes cumpre-nos enaltecer os jovens. As gerações seguintes à nossa, de filhos e netos e amigos dos ditos, com os quais nos propusemos estabelecer, com estes textos, uma interligação amiga e, ao mesmo tempo, desafiante. Eles sabem e mexem em coisas de que nem sequer suspeitávamos no nosso tempo, mas tentam e conseguem preservar a essência da vida, os valores do espírito e da decência, aumentam constantemente as suas aptidões  para um futuro que eles próprios ainda não conhecem totalmente. Mas a serenidade da razão, do pensamento, da compreensão do passado, ajudá-los-á a serem aquilo  que todos nós desejamos que eles sejam.

Como já terão visto, o título do livro não é indiferente. O autor do prefácio, o José Aparício, conta-nos, com rara beleza, a sua improvável vivência com os bosquímanos da Namíbia e as reflexões de um deles, um chefe, que, sabiamente, o levou a pensar no que sempre se encontra escrito nas estrelas, aquelas para as quais apontou ou muitas outras  que ele nem sequer conhecia. E que a passagem dos tempos em nada teria diminuido a sua eterna capacidade de habituação a novas coisas que os tempos lhes trouxeram. Aproveitando sempre os ventos que passam. Como já disse  na referência incial ao livro, que melhor título lhe podíamos pôr?  Escrito nas Estrelas e o Vento que Passa.

É com este encantamento que pretendemos criar o riquíssimo traço de união entre os que, como nós, vão deixar de escrever, mais cedo ou mais tarde, e todos os que vão ter oportunidade de manter as linhas imperecíveis do pensamento, da bondade, da ética, dos saberes e das artes, da compreensão do mundo, da luta contra as desiguldades, de fazer chegar a amizade, a democracia, a solidariedade e a cultura onde elas ainda são escassas mas onde tanta falta fazem. Um mundo melhor passa por gerações melhores, pelas vossas. Para além do enorme favor que nos fizeram em estar aqui hoje, façam-nos outro favor ainda maior:  Façam do mundo uma coisa melhor, onde se possa e apeteça viver. Porque, não esqueçam, tudo está escrito nas estrelas e vocês terão muitos e bons ventos a passar.

 

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Podem ouvir a apresentação do Nicolau Santos no link do Youtube:

 

Obrigado!

 

 

 

 

 

6 pensamentos sobre “APRESENTAÇÃO DE 5/2/2019

  1. Tive o enorme prazer de ter sido convidada pelo “Tio” Rui para o lançamento e apresentação do livro: “ESCRITO NAS ESTRELAS E O VENTO QUE PASSA”. Um livro especial. Um livro que surgiu da união e amizade de 4 bloguistas que nos mostraram como ter mais idade, pode e deve ser uma mais valia. Um livro que prima pela diferença, pela forma como se tornou livro e pela escrita encantadora e mágica (dos vários textos) que nos transporta no tempo e no espaço e nos aproxima de determinadas épocas e gerações. Estórias contextualizadas na nossa história que, também, através de experiências pessoais, nos oferecem mais informação e conhecimento.
    Muito bom! Gostei muito de ter estado presente e de ter assistido à felicidade que brilhava em cada olhar, de cada um dos 4 autores. Obrigada pelo convite, pela amizade e por tudo.
    As apresentações e leituras dos convidados especiais, foram muito enriquecedoras.
    Desejo sucesso e que venham mais, porque “velhos são os trapos”!
    Abraço

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    • Cara Joana Menano
      Sei bem quem é mas não retive o conhecimento. Obrigado pelo seu comentário mas vejo uma oportunidade de também viver momentos de felicidade com brilho nos olhos: ligar-se a nós como lhe foi sugerido. E, digo-lhe, não a dispensamos. Agradecemos que diga que sim! Melhores cumprimentos. M da Silva

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      • Caro Sr. Engenheiro Marques da Silva,
        Agradeço muito as palavras, a sugestão e, uma vez que, não me dispensam, digo sim, com carinho e esperando corresponder a possíveis expectativas, dando um pouco de mim, se não ao mundo, pelo menos, a “este mundo”. E, que haja sempre um motivo para que os olhos brilhem e o sorriso se abra.
        Melhores cumprimentos.
        Muito grata e até já.
        Joana Menano

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  2. Todo este grupo que elaborou este evento, todos os que assistiram a ele e que o viveram intensamente , jamais esquecerão o que vibramos com tanto fervor. Esta vibração vai acompanhar-nos por muito tempo . Bem haja a quem a criou !!!

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  3. Belíssimas palavras ! Belíssimos momentos, aqui relembrados… ! Como a cultura, com menor ou maior intensidade, une as pessoas de bem, num ambiente de paz e cordialidade…! Corroborando o que acabei de ler, acrescento, que apesar de ser uma pequena semente lançada à terra, este nosso livro, não teve outro desígnio que não fosse, pela sua simplicidade, um apelo a um mundo melhor, mais fraterno e democrático…! Uma pequena gota, que poderá ajudar a refrescar este mundo, de novo exaltado…! Um grande Bem Haja, pela seu dinamismo…!

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