Finais de Agosto, a anunciar os últimos dias de férias para muitos portugueses, que se cruzam de novo pelas ruas de Lisboa e de tantas outras cidades. Uma tonalidade bronzeada de pele, denunciando o gozo de alguns dias passados na praia. Momentos deliciosos à beira mar, refrescados por águas transparentes e tranquilas, a compensar as areias escaldantes de um Verão sufocante. O regresso a uma vida da cidade, que nos parece sempre nova, deixada ansiosamente para trás, esquecendo canseiras e corridas de todos os dias.
Cidades, quase despovoadas das suas gentes, agora repovoadas por turistas, procurando o diferente ou algo mais para enriquecer a sua cultura, talvez pela curiosidade despertada em conversas com amigos .
Aos poucos, os jornais começam a dar sinais de um novo despertar político, sem grandes alterações àquilo que já estava previsto. Um novo Partido ? A fragmentação do tecido político, já tão esfarrapado de ideias e de interesses, que só reconforta os extremos. Uma notícia séria, numa Silly Season, como me recorda um artigo de opinião de Miguel Poiares Maduro, no Jornal de Notícias, sobre esta época tonta, onde se alimentam artifícios sem interesse.
É a Rentrée política, que aos poucos vai acelerando, com o afiar de espadas para uma nova contenda. As Legislativas e as Autárquicas…! O desfazer do que já foi feito com tanto sacrifício. Do muito que não se fez, porque somos assim. O populismo. A Demagogia fácil, que já ninguém ou mesmo muito poucos acreditam. O virar da mesma página, já encebada de tantas vezes ser remexida. A tal luzinha ao fundo do túnel que há muito deixou de iluminar o que quer que fosse. Novas tácticas de luta, novas estratégias oportunistas, procurando cavalos magros, como o Caminho de Ferro, sem projectos desde há muitos anos, sem verbas asseguradas para manutenção, e do tanto que se tem de fazer, sabendo-se que o dinheiro não cai do céu. A Caixa Geral de Depósitos, a encaixar mais problemas. Do rigor que não existe, porque se diz ser anti-democrático, perdido no turbilhão de interesses…! É a Rentrée do costume, que não sei se devo saudar com uma taça de espumante bem português…! De qualquer forma, um Meio Doce, não ficasse mal para um ” amuse bouche…! Hip, hip, hurra…!