Olá! Cá estamos de novo, os “Velhos São os Trapos”, para a nossa 9ª conversa/entrevista mensal, desta vez com uma figura importante e interessante da Área editorial.

Encontramo-nos no seu quartel-general de trabalho, onde são preparados e editados os milhares de livros que já publicou ao longo da sua vida, ou seja a sede da Editora Colibri, situada em Famões, local que, embora não longe de Lisboa, só vim a conhecer quando a bondade do Dr. Mão de Ferro me facilitou a edição de um primeiro livro que publiquei, diria que quase fui obrigado a publicar. A atenção da Colibri não ficou por aí e já me voltaram a aturar, ele e a sua amabilíssima equipa técnica, por mais umas vezes.

Com este convívio e com o de outros amigos que também têm por cá passado acabei por perceber a rica personalidade deste editor, do seu trabalho, das suas permanentes iniciativas, do que a Colibri representa para ele e para a sua gente, e ainda mais importante do que isso, o que a Colibri representa para a sociedade portuguesa.

Fernando Mão de Ferro teve origens modestas na terra onde nasceu em 1953, Portalegre. Foi toda a sua vida, basicamente, um autodidata, tanto nos estudos como na sua já longa atividade associativa, social e política. Serviu na Armada, representou o Movimento das Forças Armadas em Angola, teve missões atribuladas na não menos atribulada fase do pós 25 de Abril. Licenciou-se em Filosofia na Faculdade de Letras de Lisboa, em 1986 e acabou por fundar a sua Editora Colibri em 1991.

Tem já uma longa história editorial em Portugal e no estrangeiro, abarcando  praticamente todas as áreas do Saber. Conhece bem o mundo editorial português, as suas dificuldades, os seus atropelos, as suas políticas.

É membro da Amnistia Internacional e Sócio Fundador da Associação Portuguesa para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial.

Dizer mais coisas sobre o nosso convidado de hoje é, como se percebe, muito difícil. O melhor é conversarmos com ele, sobretudo neste dia em que a Colibri já se encontra na Feira do Livro, em Lisboa.