Fui ver a última exposição de João Filipe Bugalho. É um pintor, para mim, consagrado. Pintor que não é só pintor. É engenheiro, poeta, amante da música, da escrita, em suma, das artes.

Conversámos com ele neste blogue em Abril de 2020 e aí pudemos conviver melhor com a sua personalidade esfuziante e culta. Recomendamos a conversa filmada que se encontra no YouTube, através do nosso blogue.

Nesta suave e apaixonante exposição o autor resolveu dar-lhe o título de Horizontes Intemporais e fazê-la acompanhar por um texto introdutório que o define bem e às suas aguarelas:

À medida que nos distanciamos, os horizontes diluem-se no tempo.

A pouco e pouco, retêm-se na memória apenas os traços longínquos do passado.

É o passado que dá vida à nossa vida, às linhas que olhámos e não chegámos a ver,

mas que interiormente guardámos, sentimos e vivemos.

Refazemo-las assim de um modo mais verdadeiro, mais íntimo, mais puro.

Intemporal...

João Filipe Bugalho realizou mais de 40 exposições individuais e tem quadros seus espalhados por alguns países do mundo.

Esta sua exposição pode ser visitada no Edifício Central da Câmara Municipal de Lisboa até ao dia 18 de Novembro. Acho que vale a pena ver as obras e trocar dois dedos de conversa com o pintor. Não esqueçamos que as artes são o que permanece neste mundo atribulado em que sempre se viveu.

Aqui vos deixo um rasto das cores de uma das aguarelas expostas.