Para espanto de muitos, e de mim próprio, vou fazer este meu primeiro post inserindo um poema de minha autoria e de que muito gosto. Para os que gostam de poesia ficarão indiferentes; para os que não gostam de poesia ficam a saber com o que contam, de vez em quando, neste espaço.
Mesmo que tentasse despersonalizá-lo provavelmente não conseguiria. Cada um fará a interpretação que melhor entender. Pelo menos não é um poema amargo. E para a próxima cá nos encontraremos para outras aventuras. Obrigado.
AS ROSAS QUE TU ME DESTE
Havia amendoeiras em flor
Naquele janeiro distante
No teu Algarve,
Todo em flor,
E com o mar, muito mar,
Teu companheiro e amante
Aquele para o qual
Sempre gostaste de olhar
E ao qual te fui roubar.
E quando, por esse tempo,
Decidimos juntar
As nossas aspirações
Os nossos sonhos
As nossas paixões
Não suspeitámos
Como seriam importantes
As nossas decisões,
Como seriam marcantes
Os árduos caminhos que percorremos,
Longos e tortuosos,
Mas adoçados, sempre adoçados
Pela paixão de uma Rosa
Temperamental, lutadora,
Inquebrantável, formosa,
Segura de si, eu seguro nela,
Nessa espantosa Rosa amarela.
Rosas que vão florindo,
Uma a uma, todos os anos,
Até às com que agora te brindo.
Amante, professora, marinheira,
Mais tarde engenheira,
Porque no meio das intempéries
Sempre vi chegar, para me libertar,
Essa visão tão bela,
Deslumbrante, inspirada,
De uma Rosa Amarela.
Por isso estas rosas que te dou
Não são mais que o respeito
O meu amor e o dos teus filhos
Que se revêem em ti,
Que te seguem, que te ouvem, que te envolvem,
E que te dão também as suas rosas,
Maravilhosas
Pelas quais vives, te encantas e sofres.
Que pena eu tenho
De não te poder jurar
Que sempre te hei-de dar
Rosas, muitas rosas,
Todas amarelas
Até o mundo acabar.
Um bonito poema, e um bom começo de conversas…! Como teria dito a Rainha Santa Isabel, perante o olhar austero, de D ,Diniz : São rosas, Senhor…!
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