PARA AJUDAR A SORRIR
Em tempos passados, a expressão “fazer cera” era popularmente usada com o significado de mandriar, levar muito tempo propositadamente para fazer um trabalho. Em Portugal o dito já é muito pouco usado, mas no Brasil ainda se aplica, como podem ver pelo texto que encontrei no blog brasileiro “No Rasto da Memória ( Santa Rita de Sapucaí ) :
A expressão “Fazer cera” significa demorar de forma proposital ao fazer alguma coisa que já podia ter sido feita. Nas relações de trabalho indica que se está fingindo trabalhar e nos jogos de futebol é retardar a reposição da bola, simular contusões ou trocar passes estéreis de um lado para outro fazendo passar o tempo.
No Rio de Janeiro, a primeira eleição de vereadores foi em Dezembro de 1567, quase três anos após a fundação da cidade. Uma curiosidade é que os vereadores eram remunerados com cera, que tinha grande valor e era muito consumida na forma de velas para iluminação em geral e principalmente em dias de festas.
Como desde aquela época os vereadores tinham pouca produtividade e viviam protelando as decisões, o povo dizia que eles não trabalhavam, apenas ficavam ali para “fazer cera” (ganhar seu pagamento), dando origem a esta expressão, ainda em voga. A Câmara Municipal era no alto do Morro do Castelo – a cadeia no térreo, os vereadores no segundo andar.
O primeiro empregado da câmara do Rio foi o português João de Prosse, nomeado por Estácio de Sá. Como a eleição só ocorreu em 1567, ele ficou quase três anos recebendo pagamento sem trabalhar. O primeiro servidor público carioca foi, portanto, um legítimo funcionário fantasma
A que propósito me lembrei disto ?
É que dei por mim literalmente a “fazer cera”, ou seja verifiquei que, ao limpar os ouvidos depois do banho matinal, a toalha vinha com muita cera agarrada ! Mais do que anteriormente.
Será consequência da diminuição de actividades devido ao confinamento caseiro imposto pelo estado de emergência ?