Olá! Cá estamos no mês de Maio, cumprindo a nossa deliciosa promessa de incluirmos no nosso blogue, todos os meses, uma Conversa com alguém nossa conhecida e que tenha coisas interessantes para nos contar. E digo “promessa deliciosa” porque, com as conversas anteriores, que poderão sempre consultar no nosso blogue, tivemos muitos amigos a manifestar o seu agrado e a aumentar as nossas estatísticas de audiências. E isso é gratificante para os autores destes textos. Como alternamos de género ( o mês passado conversámos com João Bugalho) hoje vamos falar como uma jovem médica que, apesar da sua juventude, já tem histórias de vida de que, julgo, todos iremos gostar.
Com uma infância vivida na China, em Macau, veio para Lisboa onde se licenciou em Medicina na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, vindo a especializar-se em Medicina Geral e Familiar. Mas, se fosse só por isto (que já não seria pouco) talvez não se lhe tivesse prestado a atenção que merece. A Inês surpreende-nos ao saltear a sua vida com diversas ações de voluntariado, em países e regiões relativamente inóspitas, dedicando o exercício da sua profissão a populações muito carenciadas. No fundo, transformou a sua vida numa “curta metragem” de aventuras e de algum “suspense”, quase como vemos nas séries da Netflix . Depois de passar pela Guiné Bissau, por um período de quase 2 anos, onde viveu experiências clínicas inesquecíveis envolvida pelos hábitos dos nativos e das suas crenças, esteve em Salvador da Baía para mais se familiarizar com as doenças tropicais mais típicas da América Latina (como a doença de Chagas). Acabou por fazer, depois da especialidade, o Curso de Clínica das Doenças Tropicais e Medicina do Viajante no Instituto de Medicina Tropical de Lisboa. Amante, desde criança, das artes e, em especial, da música, toca guitarra e regressou às aulas de piano para poder corresponder à música que tanto aprecia de Norah Jones.
Surpreendida, como todos fomos, por esta pandemia do Covid19, tivemos que aguardar uma primeira oportunidade de liberdade, embora condicionada, para podermos conversar. Também, sobre estes últimos meses, terá coisas para nos contar, sem saber, como julgo que ninguém sabe, quando se voltará ao novo normal. Contar a sua história levaria algum tempo pelos detalhes inesperados de que se reveste. Por isso preferimos conversar e saber, por ela, a evolução da sua vida e das suas aventuras. Escolhemos, para este encontro, um espaço de Cultura, “Espaço Espelho de Água”, que, por via das restrições, ainda se encontra fechado ao público. Espaço com longas tradições que me traz, pessoalmente, inesquecíveis memórias. E aproveitámo-lo, salvaguardando todas as recomendações clínicas oficiais. Como se vê, até temos máscara… Vamos falar com a Inês Mendes.