Olá, cá estamos de novo, neste mês de Junho para a nossa 7ª conversa/entrevista, ainda vivendo o nosso “novo habitual”, no prosseguimento da pandemia que nos atingiu há uns meses. Depois de falarmos com uma médica, no mês passado, (Inês Mendes), agora vamos conversar com um maestro, o que à partida não parece ser propriamente uma missão muito simples. Mas vai valer a pena. Como no mês passado, fazemos esta conversa no agradável Espaço Espelho de Água, na sua zona específica dedicada a exposições e eventos culturais. Conheci o maestro Sérgio Fontão a partir do ano de 2009 quando, por intermédio de um amigo comum, convidámos o Grupo Coral Vértice a cantar em cerimónias evocativas no Comité Olímpico de Portugal. Os desempenhos desse Coro ganharam grande apreço como manifestação cultural do Comité e foi esse grupo que, pela primeira vez, cantou o Hino Olímpico em língua portuguesa, em tradução devidamente certificada e aprovada pelo Comité Olímpico Internacional. Foi uma etapa de enorme qualidade que confirmou a excelência da prestação de um jovem maestro que a maior parte dos presentes não conhecia.
Sérgio Fontão nasceu em Lisboa, estudou em Lisboa, começou a estudar música com 5 anos e, desde então, a sua carreira não tem tido limites. Foi e é, basicamente, cantor, diretor artístico, maestro e professor. É mestre em Direção Coral e tem cursos de aperfeiçoamento em direção orquestral e música antiga. Dirige os “Coros de Portugal – Associação Portuguesa de Música Coral”, participa no coro da Gulbenkian desde 1994, além de dirigir diversos outros coros e já ter participado em concertos em países de todos os continentes e já ter gravado para muitas das etiquetas mais famosas. Tem tido contactos com orquestras e maestros de renome internacional. Para complicar, tirou cursos de canto, piano, harpa, percussão, comunicação social, gestão das artes além, como já referimos, de direção coral e música antiga.
Como facilmente se percebe não é fácil contar a história deste virtuoso e jovem maestro português e, portanto, a melhor maneira é falarmos com ele. Vamos ouvir Sérgio Fontão.