Andamos nisto há um ano.
Não é para celebrar
É uma chatice tremenda
Com a vida a piorar
Pandemia sem emenda
Sem nada para alegrar.
Os dias passam iguais
Tentando fazer diferente
Mas sem sucesso aparente.
Quantos livros já relemos?
Sinfonias reouvidas, baladas recuperadas?
E as séries que todos vemos?
Almas fechadas, almas cansadas.
Há muitas palavras novas,
Muitas mais,
Sabidas mas pouco usadas
São agora, dia a dia,
Os novos referenciais.
O covid, a pandemia, as máscaras,
Sabão azul e o gel,
Os cuidados intensivos,
Muito álcool na pele,
Mas nada de pele na pele.
Mas as crianças, meu Deus, como vão aparecer?
E se o parto decrescer
Quando os gases vão faltar
O melhor é ir comprar
O oxímetro, claro,
Para poder regular
O gás que nos vai falhar.
Mas também há variantes
Que ameaçam e perseguem.
Há as curvas e os pontos,
Os picos e as secantes,
Os senos e os cosenos,
Os planaltos que emergem
Toda a ciência que informa
Que se esgota e continua
P´ra nos salvar da derrota,
Do contágio, da visão aterradora
Que nos dão todos os dias,
Dos que deixamos de ver.
Das vacinas que não vemos
Mas cujos nomes sabemos.
Ainda estamos a aprender
Mais um monte de palavras
Que sugerem confiança...
Mas a única que interessa
E que aparece tão pouco
É só uma: é a Esperança!
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Muito inspirado !
Não podemos sair, mas podemos soltar a imaginação
Abraço
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Este RAP até tá giro,pá !
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