Celabra-se hoje o Dia Internacional do Museu. Pelo mundo inteiro, ainda a braços com os rastos indestrutíveis da pandemia, retomam-se inúmeras atividades nos corredores, salões, espaços de todos os museus. É preciso que as pessoas voltem, não só pela receita mas, principalmente, pela mensagem que o museu, seja ela qual for, lhe possa transmitir. Como conhecimento, como cultura, como traço de união entre o que o passado nos deixou e o futuro que todos os dias se realiza.
Não vou escrever sobre museus. Apesar disso é agradável saber que desde 5 de Abril, dia em que reabriram os museus ao público em Portugal, foram registadas 26 223 visitas. É animador. Há mais de 400 atividades previstas em diversos museus espalhados pelo país. Há interatividade instalada em muitos deles para tornar mais aliciante a visita e recolha de conhecimento. Há até uma Agência Digital que leva as peças do museu até casa dos “visitantes”. É na Madeira.
Ainda bem que todas estas iniciativas ganham forma em todo o mundo. Já não é suficiente ir ao Louvre e conseguir estar parado, durante pouco mais de 10 minutos, em frente da Gioconda. Ver o passado é maravilhoso atendendo, principalmente, ao que ele representou na época em que foi produzido. Mas, mais ainda, tentar perceber o que tudo isso importa para o futuro.
Recorro ao poeta Alberto Pimenta respigando do seu poema Elegia:
Já nada é o que era e provavelmente nunca mais o será e mesmo que o fosse algo me diz que já não seria o que era porque o que era era o que era por ser o que era.
Que o Dia Internacional do Museu seja muito concorrido e muito bem compreendido.
Pouco a pouco vamos regressando à normalidade. Ir aos museus devia fazer parte sistemática das visitas culturais dos alunos das escolas
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