Quantos de nós, recolhidos em casa, fugidos a este calor que nos derrete, já pensou de onde virá este estranho fenómeno, que por vezes tenta bater recordes históricos ? Olhos atentos nos noticiários da televisão, sempre receosos de novas notícias de incêndios desastrosos a varrer aldeias desprotegidas e longínquas, onde só vive gente idosa, a dar vida a um país ainda no passado. É assim, este nosso país que todos nós conhecemos, com ordenamento ou sem ele, vai sobrevivendo a temporais, a secas e a inundações…! Gente humilde, que pela força do trabalho, foi investindo um pouco do seu pecúleo de tantos anos, em matas, como reforço de uma pequena reforma contada ainda em tostões, talvez ainda, para um pequeno devaneio ou comprar mais uma leira de terra a um vizinho, já emigrado há muito, para os lados da Capital…!
Não obstante, todo este simplório viver de aldeia, os incêndios das matas, vieram por a nú, um mundo ainda desconhecido de muitos cidadãos urbanos, procurando um outro tipo de turismo, bem próximo do real, que ainda forçosamente preservamos. E o nosso Presidente da Républica, presidente de todos os portugueses, começou por dar um exemplo ao mergulhar nas águas de uma represa, transformada em praia fluvial com bandeira azul. Talvez preocupado em mostrar o quanto temos, também de muito de bom, no interior do país. Quer parecer-me, que a partir de agora, vamos começar a dividir alguns dias de férias na descoberta de novas paisagens e de uma gastronomia óptima, mesmo sem as estrelas Michelin.
Somos um país com inúmeras Termas…! Houve tempos, em que me recusava ir para a praia com a família, antes de dar um pequeno passeio pelo interior. E aos poucos, começou a haver esse gosto pela descoberta de uma nova forma de férias, não menos agradável. Além das nossas cidades lindíssimas, com enorme interesse histórico, industrial e gastronómico, o conhecimento das estâncias termais do Luso, Curía, Vouzela, S.Pedro do Sul, Urgeiriça, Vidago, Pedras Salgadas, Monfortinho, Monte Real, Castelo de Vide e Monchique. Tão poucas, para tanto ainda por ver…!
Voltando aos incêndios, sem querer imiscuir-me em assuntos que não domino, apenas me referirei à negligência de certas autarquias mais chegadas ao povo, nomeadamente a Juntas de Freguesia, chefiadas por gente sem os conhecimentos mínimos de uma boa gestão, talvez por falta de Normas Nacionais ou de estímulo, para que todas as localidades se apresentem limpas e conservadas. Muito se fez, desde o 25 de Abril. E muito ainda há para se fazer…! Os incêndios, estão mostrando, o muito que ainda não se tem feito…!
E porque apliquei este título, quando só conversei (detesto monólogos) sobre o nosso país? Pois é verdade, além do que diariamente vamos conhecendo do trânsito das cidades e das estradas, há poucas semanas, ao pretender seguir um voo de longo curso, através do Google, em Flight Tracking map, deparei-me com um map-mundi, com os Continentes completamente tapados por pequenos aviõesinhos, representando os vôos de diversas Companhias, no preciso momento. Impressionante…!
A minha mente, de imediato, multiplicou mesmo que imagináriamente, todos aqueles vôos na hora, numa constância de tráfego internacional. Milhares de aviões, vomitando milhares de toneladas de Jet Fuel, transformado em gazes poluentes em cada hora x 24 horas.
Um mundo moderno, que já não pode parar, sem prejudicar a vida de milhões de pessoas: Alterações do clima, Chuvas ácidas, Alergias, Doenças irreparáveis, etc..!
Assustador…! Não é?
Tenho esperança que as novas gerações se adaptem ao Planeta tal como o vamos deixar – E que não nos queiram muito mal por isso.
Na realidade a nossa geração também herdou um Mundo cheio de incertezas- e vivemos
GostarLiked by 1 person