Numa decisão digna de ser noticiada por quase todos os meios de comunicação do mundo o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, promoveu um corte de 30% no orçamento federal destinado à educação, em especial às universidades.
Claro que o facto suscitou por todo o país um clamor de indignação e revolta pelo inusitado da situação. Centenas de milhares de alunos e estudantes universitários, em todas as capitais de Estado do Brasil, manifestaram-se ruidosamente contra a medida promulgada. Se o regime educativo brasileiro já revelava carências, largamente discutidas por muitos responsáveis do país, facilmente se compreende que a situação irá prejudicar, em muito, a população estudantil brasileira. As manifestações foram ruidosas (como são, em todo o mundo, as manifestações estudantis) mas os resultados não parecem, até agora, muito animadores.
Bolsonaro que, à data das manifestações, se encontrava em Dallas, Estados Unidos, em conversações com responsáveis republicanos (claro…) disse, em discurso público, que os manifestantes brasileiros não passavam de “idiotas úteis”.
O homem não compreendeu que aquela decisão toca no que há de mais profundo da vida de um povo: a Educação. Com a Educação se constrói e desenvolve um país, sem Educação se retrocede e menoriza o futuro do país. Com a afirmação de Bolsonaro resta-nos a dúvida de saber quem são, na realidade, os “idiotas”: se os estudantes, se ele próprio e os que o apoiaram na decisão. Chamar-lhes “úteis” também custa a compreender quando ele próprio, como presidente, ameaçou e vem demonstrando uma aterradora inutilidade nacional e internacional.
Espera-se que os grupos e as instituições da cultura brasileira (que são muitas e de enorme valor) venham a conseguir reverter esta visão medíocre de um capitão com poucas habilitações que, claramente, não sabe distinguir o importante do acessório. Para que não venha, ele próprio, a ser apelidado de “idiota inútil”.
O que se passa no Brasil, é calamitoso, O que se passa nos Estados.Unidos e em certos países da Europa, não tem compreensão. Uma situação que nos faz pensar, impulsionada pelo Populismo, apontando a criminalidade, a insegurança, a injustiça, o descontrolo financeiro e económico, o desconforto, a falta de progresso e de trabalho, apontando apenas alguns porquês, por conveniência demagógica. Sempre num futuro adiado. Situações, criadas pela desorientação de governações pouco consistentes e pouco atentas. Também, de uma globalização cega, mal estabelecida. Apenas gizada para a conquista de novos mercados emergentes. Processada pelo interesse directo do Capital Internacional, que procurou num mundo mais vasto, a mão de obra necessariamente barata, sem a responsabilidade de a manter. Absolutamente descartável ! Nada disto é novo… ! Tudo começou depois da 2ª Guerra Mundial. O próprio Japão, serviu de bandeja, embora de uma forma particular, a economia americana, com os seus produtos ” Made in Japan “. Uma inter-ajuda, à alta tecnologia americana, tornando o consumismo mais acessível, no seu próprio mercado interno e ao mercado do Ocidente, em contra-ciclo com os interesses sociais das populações. Seguiu-se Taiwan, Singapura e Coreia do Norte, até que bateu à porta do monstro adormecido…! China ! Tudo, bastante diferente do comércio tradicional. Hoje, os desequilíbrios dos mercados, com a oferta do Online – Free Delivery, fez estremecer Wall Street, o patrono da economia mundial, desenhando-se novas lutas e arquitectando-se novos desafios, sempre chefiados por ” idiotas inúteis”..!
GostarLiked by 1 person