No meio dos atropelos da pandemia, dos isolamentos, das angústias, dos temores, tudo isto recentemente entrecruzado com as barafundas americanas, apetece dizer, como num velho ditado português, que “É preciso ter muita saúde para aguentar tanta doença”. E no recolhimento a que somos obrigados assaltou-me a ideia de revisitar velhos poemas que, agora lidos, nos parecem atuais. Não houve critério na escolha, há uma infinidade de poemas por este mundo. Talvez valha a pena, de quando em quando, lê-los. Aqui vai.
Jacques Brell
Quand on n’a que l’amour
À s’offrir en partage
Au jour du grand voyage
Qu’est notre grande amour
Alors, sans avoir rien
Que la force d’aimer,
Nous aurons dans nos mains,
Amis, le monde entier!
Leonard Cohen
From the wars against disorder
From the sirens night and day
From the fires of the homeless
From the ashes of the gay
Democracy is coming to the USA
Sophia de Mello Breyner
Tive amigos que morriam, amigos que partiam
Outros quebravam o seu rosto contra o tempo.
Odiei o que era fácil
Procurei-me na luz, no mar, no vento.
Acham que vem a propósito? Não sei. Mas o meu pensamento, nestes últimos dias, esvoaçou até estes conceitos.
Reler os poemas de que gosto é também um dos meus remédios quando estou tentado a ficar triste
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Sempre bonitos, estas canções e os seus poemas ! E a poesia, é isso mesmo. Um balsamo…! .Um desejo de voar, contra os ventos, e os tempos que nos amarram, como nos conta Fernão Capelo Gaivota, no seu ” Vôo Solitário “.
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