Olá! Cá estamos de novo, os “Velhos São Os Trapos”, para realizarmos a nossa 12ª conversa/entrevista mensal, utilizando desta vez as instalações e a maravilhosa panorâmica de um dos mais antigos clubes desportivos de Portugal: o CIF – Clube Internacional de Football. Foi oficialmente fundado em 1902, embora desde 1897 já existisse ainda sem o figurino atual. Foi o CIF que introduziu o futebol em Portugal, imagine-se (!) , modalidade que ainda hoje é praticada no clube sempre em termos amadores. Reune já muitas outras modalidades a começar pelo ténis, o padel, modalidades de pavilhão e ginásio. Uma grande palavra de agradecimento ao CIF por nos dar esta rica oportunidade, clube com o qual mantenho, pessoalmente, longos laços de participação e amizade. E faz sentido juntar a ética desportiva representada por este clube e a ética cultural e artística que se encontra ligada à nossa convidada de hoje.
Mas a nossa missão é particularmente difícil, pelo facto de ser um impreparado apreciador de música clássica a falar com uma das mais notáveis intérpretes portuguesas da sua arte: Carla Caramujo, cantora lírica. Só ela, no diálogo que vamos travar, poderá simplificar e tornar mais fácil esta aventura a que nos atrevemos.
Carla Caramujo formou-se em canto na Guildhall School of Music and Drama, em Londres, fazendo posteriormente o mestrado no Conservatório Real da Escócia. Muito abreviadamente, estreou-se há cerca de 16 anos em Inglaterra, na “Flauta Mágica” de Mozart e a seguir, em Portugal, no Teatro de S. Carlos, no papel de Gilda do “Rigoletto”.
Tem já um longo e notável percurso artístico em quase todo o mundo e já foi alvo de muitas entrevistas feitas por especialistas e críticos de muitas das suas áreas de eleição. Das minhas recordações pessoais retenho apenas (e digo-o após confirmação) a sua intervenção no Festival ao Largo de 2018, em Lisboa, cantando “Carmina Burana”.
Esta conversa insere-se naturalmente no âmbito mais alargado da Cultura, para o qual tantas vezes temos chamado a atenção dos nossos leitores e amigos. A Cultura e a disciplina específica do canto e da Ópera são temas muito caros a Carla Caramujo, temas sobre os quais tem ideias bem claras e pelas quais se tem batido e continua a bater no seu quotidiano profissional. É por aqui, pela Cultura, que tudo começa. Vamos falar com Carla Caramujo.
NOTA 1 – No passado dia 6/11 Carla Caramujo desempenhou na Gulbenkian, com grande sucesso, o papel de Mariana Alcoforado da obra “Cartas Portuguesas”
NOTA 2 – Como habitualmente, a realização, edição e montagem deste vídeo são da autoria da Cristina Marques da Silva. Que seria de nós sem ela?