Hoje vou falar de princesas! Talvez seja um tema inesperado mas não invulgar. Habituámo-nos, desde tenra idade, a ler, ouvir e contar histórias de princesas, sempre muito belas, sempre generosas, sempre deslumbrantes.
E quase todos nós, durante a vida, vamos acumulando as nossas “Princesas”. Vamos vivendo com elas, para elas, apaixonamo-nos por elas. Pessoas, idas ou presentes, ficam sempre marcadas nas nossas recordações, estimamo-las e apelidamo-las de princesas porque , dessa maneira, elogiamo-las, recompensamo-las pela ternura que nos concedem.
Claro que há princesas verdadeiras, daquelas que vemos nos filmes ou em revistas, mas essas não se identificam com as das nossas imagens reais, afetivas, apaixonadas. Li, não há muito tempo, um texto escrito por mão virtuosa de escritora/jornalista em que se deplorava essa pequenez saloia de se apelidar de “princesa” uma mãe, filha ou neta a quem dedicamos muito de nós próprios. Lembro-me de partes desse texto (não me lembro da autora) que quase me envergonhavam. Quem usasse esse designativo era vulgar, pacóvio, quase boçal. Desfiz-me desse texto, recolhi aos meus pensamentos e conjurei a “falsa intelectual” que me tinha classificado daquela forma. Sim, porque eu tenho “Princesas” que respeito, umas com quem brinco, outras que recordo, sem, por isso, me ter sentido alguma vez humilhado. Suponho que a autora a que me refiro nunca teria encontrado na vida alguém que lhe merecesse esse delicioso tratamento.
Pois hoje, depois desta introdução, aqui deixo um pequeno poema dedicado, imagine-se, a uma princesa. A uma princesa qualquer. Talvez algum dos meus leitores se identifique com ele e o aplique a alguma das suas princesas. Ainda bem.
PRINCESA
No meio da dureza dos costumes
Num mundo em agitação
Vens tu e unes
Com doçura
Com paixão
Os laços da vida.
Com suavidade
Com alegria
Sem amargura.
Há princesas de revista
Princesas por casamento
Mas Princesa verdadeira,
Que saibamos
Só há uma
Plena
Inteira.
Não se envergonhem de terem Princesas .
Mesmo, inesperado…! E que melhor poderíamos desejar, senão conversarmos um pouco sobre princesas encantadas ? Não tenho bem a certeza, mas parece-me que Saint Exupery, falou de um principesinho, cuja história, ainda hoje continua a dar voltas ao mundo. Não me recordo bem, se mais algum escritor, tenha contado tantas histórias, como Christian Andersen, com princesas, fadas e bruxas más. Creio, que todas elas foram sempre muito másinhas, lançando vapores de enxofre, no meio daqueles gritinhos irritantes, que nos faziam criar pele de galinha. Mas isso eram outras histórias, que nos contavam à beira da cama até adormecermos. Eu disse adormecer ? Como podíamos adormecer, com aqueles pesadelos a consumir-nos os neurónios ? Desculpem-me, mas quando se trata de princesas, tem que vir à baila todo aquele manancial de contos para crianças, que a idade, avançando, nos faz aproximar dos tempos passados…! E foi com um sorriso de satisfação, que durou toda a leitura do texto de hoje, e me levou a pensar como ficamos felizes por nos vermos rodeados de princesas e príncipes. E aquele poema, disse tudo…!.
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Gostei! Mas não esquecer que na nossa vida também temos os príncipes que podem ser um grande amor, um filho ou um neto!
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