O POEMA

 

Permitam-me hoje abordar um tema um pouco mais pessoalizado e regressar a um modo de expressão, a poesia, que,  embora tenha sempre feito parte das nossas intenções de “bloguistas encartados”, não tem sido tão frequente quanto, talvez, desejássemos.

Tudo isto a propósito de uma jovem estudante que terminou a sua licenciatura e teve a sua inevitável “Festa das Fitas”. Como calcularão trata-se de uma familiar próxima, não o posso nem devo disfarçar, mas o facto em si suscitou a emoção de uma pequena história. Fui convidado a escrever qualquer coisa numa das fitas da sua pasta. E escrevi, claro. Com intenção e com a paixão que o caso e a pessoa  mereciam.

Depois do alegre acontecimento fui confrontado com um amargurado desabafo: ela esperava que eu tivesse escrito um poema na fita. Fiquei abalado, triste e desapontado comigo mesmo. Não tinha ido ao encontro de expectativas que eu poderia ter bem adivinhado. Mas prometi fazer-lhe o poema. E fiz. Ele aqui fica, embora atrasado.

POEMA ATRASADO

Na tua fita de curso
Esperavas por um poema
Mas ele não veio.
Do fruto das minhas penas
Sairam apenas
Palavras de devaneio,
De estímulo,
De coração.
Mas tu esperavas mais
Querias amor com expressão
E criaste-me um dilema:
Que havia eu de escrever
Se já tu és o Poema?

 

Desculpem esta derrapagem mas julgo que não virá mal ao mundo.

 

 

 

Um pensamento sobre “O POEMA

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