Folha branca, folha branca
De que vou falar agora?
Do temporal, da solidão
Ou do esplendor radioso
Da razão?
Em que penso? Não sei…
Estou cercado de razões
De tormentas, de paixões,
De crenças e de certezas
De verdades e mentiras
De bondade e de maldade.
De gente a gritar
De gente a cantar
De gente a sonhar
Como eu, a sonhar, a sonhar
Com o que quero ver
E viver…
O belo, o bom, o tudo que aí vem
Mas não existe.
Não sei que te diga, folha branca.
Para afugentar a maldade
É melhor continuares branca
Como a pomba,
A da Paz,
Sempre branca.